Livro Anti Bush faz sucesso

Um livro anti-Bush até agora desconhecido, obra de um escritor de extrema-esquerda, tornou-se um sucesso de vendas depois de ter sido mencionado por Osama bin Laden na sua última mensagem difundida quinta-feira, pela cadeia de televisão Al-Jazira.
Na sua mensagem, autenticada pela CIA, o líder da rede terrorista Al-Qaeda afirmou que "se Bush continuar com as suas mentiras e as suas opressões, será útil para todos ler "Estados vagabundos", antes de citar alguns excertos da obra.
Posteriormente, o livro, cujo nome completo é "Estados vagabundos: um guia da única super-potência mundial", que aparecia apenas na 205.000ª posição na lista dos mais vendidos do site Amazon.com, saltou para o 27º lugar.
Segundo revelaram sábado os media norte-americanos, o autor é William Blum, 72 anos, filho de imigrantes polacos que trabalhou para o departamento de Estado norte-americano nos anos 1960, antes da guerra do Vietname o tornar num opositor à política externa norte-americana e o ter levado a lançar o jornal Washington Free Press.
Habitando num modesto estúdio em Washington, Blum tem sido muito solicitado pelos media nos últimos três dias.

"Não estou revoltado com este apoio. Não me desagradou e não vou dizer o contrário", referiu Blum.

No seu livro, Blum sublinha que os ataques de 11 de Setembro de 2001 contra Nova Iorque e Washington, orquestrados por Bin Laden, foram injustificáveis, mas considera que constituíram "represálias compreensíveis à política externa norte-americana".
Antes de quinta-feira e da difusão da mensagem de Bin Laden, os dois livros de William Blum, "Estados Vagabundos" e "Killing Hope", sobre as intervenções militares norte-americanas, não venderam mais de 150.000 exemplares em inglês e noutras línguas, segundo informações reveladas pelo próprio autor.
A sua editora, a Common Courage Press, ainda não conseguiu indicar qual a influência que a mensagem de Bin Laden teve na venda dos livros de Blum.

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