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Os Cartoons da Discórdia...

Até ao momento, tenho-me mantido à margem de posts sobre as tão famosas caricaturas de "Maomé"...
Mas face aos contínuos desenvolvimentos que são fornecidos pela comunicação social, hoje decidi falar no assunto!

Segundo a agencia privada Afghan Islamic Press (AIP), um importante chefe talibã, Mullah Dadullah, declarou ao telefone e a partir de local não identificado, que oferece uma recompensa de 100 quilogramas de ouro a quem matar o autor das caricaturas de Maomé!

Perante os factos que têm sido constantemente noticiados pela imprensa mundial, manifestações, assassinatos, etc, há um anormal, que vive sabe-se lá onde, que decide que vai dar ouro a quem assassinar outra pessoa, e a imprensa noticia isto de forma a que todos os fanáticos tenham conhecimento?
Sem forma de avisar os assassinos de todo o mundo da sua intenção, do que é que ele se lembra?
De avisar a comunicação social!!
Nada como um telefonema para a imprensa, para que estes se encarreguem de publicitar o seu anúncio, e à borla!!
Sim porque, o anuncio será amplamente divulgado, sem que ele tenha sequer que pagar o preço de um anúncio classificado de fundo de página!
Mais uma vez, assistimos aqui a uma certa irresponsabilidade da comunicação social, não?
Já não chega a publicidade às constantes acções de violência orquestradas por fanáticos que ainda vivem na idade média, que têm como único fim serem vistas pelo ocidente, de forma a agitar as populações muçulmanas aqui residentes e que são assim utilizadas como cavalos de Tróia do imperialismo islâmico?
Até que ponto é que estes actos seriam continuados, se a imprensa não lhes desse tanta relevância?
São diários os discursos de recriminação aos ditos cartoons, mas poucos discursos vejo a recriminar os constantes actos de terrorismo praticados por estes fanáticos!
Não me recordo de ter visto estas recriminações quando no tempo do regime Taliban, foram destruídas esculturas Budistas em pedra com mais de 2000 anos!!
Onde estavam nessa altura os presidentes, os ministros dos negócios estrangeiros, etc.??
Os budistas não mereceram que alguém os defendesse e tentasse evitar esta destruição porquê? Porque não tinham o poder do petróleo??
Continuem a baixar as calças, e a dar relevância a anúncios como este, que estão no bom caminho para que eles continuem!

Comments

Anonymous said…
Cara Cruzeiro:
Estou plenamente de acordo consigo sobre este artigo do caso dos cartoons.
Mais digo, estou contra todo ou qualquer fundamentalismo religioso, que em nome de uma dita religião se cometam raptos e assassinatos bárbaros.
Quando a destruição das esculturas esculpidas na rocha, suponho classificadas pela Unesco, nenhum ministro ou presidente se pronunciou sobre o assuntro nessa ocasião.
Cumprimentos
Francis said…
Estamos perante prima-donas extremamente sensíveis. Cartoons são cartoons; já os vi satirizando TODAS as religiões. Tal não justifica as manifestações que temos visto.
É engraçado que estes muçulmanos radicais rejeitem todas os valores ocidentais que consideram vindos de culturas em declínio, mas NUNCA dizem NÃO às armas e munições que recebem!!!
Quando se trata de receber armamento, mandam todas as convicções às urtigas!!!
Se isto não é hipocrisia, então não sei o que é!
Rowlf said…
O tema é interessante e remate-nos para a questão dos limites á liberdade de imprensa. Ou seja, até que ponto os jornalistas devem ceder no seu direito a informar quando ele se traduz na transmissão de mensagens que incitam à violência ou à desordem. Ou, noutra perspectiva que me agrada mais, até que ponto é que a comunidade pode prescindir do seu direito a ser informada em benefício da paz social.
Não é novo este tema, e tem tido entre nós aplicações muito recentes. Dou como exemplo a auto-limitação dos jornalistas de todos os órgãos de c.s. em transmitirem casos de sequestros (tipo: tranca-se em casa e usa mulher e filhos como reféns), a fim de evitarem o recrudescimento deste tipo de casos que vinha a verificar-se.
Por mim, sou a favor.
Lua said…
Este é um assunto que me tira do sério. Respeito a opção religiosa de cada um mas abomino o fundamentalismo.Acho que as caricaturas não justificam esta onda de violência, principalmente quando eles próprios não respeitam o Deus dos outros.
Liberdade de imprensa sim, mas com algumas restriçoes, principalmente na divulgação de actos violentos!!

Beijnho :)
Unknown said…
Essa gente é DOIDA.

Quanto a comunicação social, estou de acordo, penso que se dá “ouvidos” a gente que não interessa para nada …
Quando ouvi a do ouro, até eu fiquei com vontade de acertar o passo aos “gajos” que fizeram as caricaturas.


Abraços
Anonymous said…
so digo isto... detesto fanatismos... que seja na religiao, futbol, patriotismo,etc...
para ser respeitado tem-se que respeitar... mas nao s pode esperar muito dum povo k adora e vive pra guerra... nem daqui 1000 anos haverá paz naqueles lados...
Mac Adame said…
Não concordando apenas com a parte relativa à informação que deve ser dada, pois eu gosto de ter direito a toda a informação, seja ela uma boa ou má notícia, o resto subscrevo completamente. Até me apetece bater com a cabeça na parede depois de ter escrito linhas e linhas sobre isto e não me ter lembrado desse silêncio sobre as esculturas budistas. Mas não os esquecerei no futuro. Sou ateu ou, pelo menos, agnóstico convicto. E a minha distância das religiões permite-me avaliá-las imparcialmente. Como tal, tenho pelo budismo um respeito que não poderei ter nunca pelas grandes religiões monoteístas. O facto de muitos cristãos tentarem desculpabilizar os actos violentos dos muçulmanos tem a ver com o petróleo e com a cobardia (o medo de serem atacados), mas também tem a ver com outra coisa: com o facto da sua religião não ser muito diferente daquela que temem, estando apenas uns séculos mais evoluída, mas apenas pelo facto de os defensores europeus da liberdade terem conseguido separar a religião do Estado, retirando àquela a sua excessiva autoridade.
heidy said…
Amiga, o caso é que tudo o que seja sensacionalismo, resulta em letras gordas e vai dar dinheiro. Sou totalmente contra toda e qualquer violência, seja sobre que assunto for. Se não concordam, porque não "perdem" tempo com um pouco de dialogo? Ambos os lados erraram. Essa é a minha opinião. deve-se respeitar as ideias dos nossos "vizinhos", por muito erradas que estejam, não podemos abrir a cabeça e fazer uma lavagem ao cerebro. Mas, quem nos diz a nós que não existem interesses por parte de quem interessa? quem fez essas famosas caricaturas, sabia que resultado poderia ter. Certo? è caso para dizer, estou a ver alguns "países" muito caladitos... e isso leva-me a desconfiar de algo. Ou talvez seja a minha vertente de teoria da conspiração. Seja o que for, isto não é justificação para tanta balburdia.

Concordo contigo em relação às estátuas, mas não te esqeuças que quando os estados unidos invadiram o iraque, também destruiram monumentos de muito valor histórico e ninguém lhes apontou o dedo. Afinal eles só dispararam a sua ganância contra uma das cidades mais antigas e ricas do mundo... o país das mil e uma noites... ali babá e os 40 ladrões... etc...
Meia Lua said…
Quando a lei é olho por olho e dente por dente, é muito difícil saber o que fazer. Não é de hoje, de ontem, é desde o início dos tempos, tempos de Maomé que estas crenças estão enraizadas... Tão difícil será lidar com este anúncio de cabeça à prémio, quanto foi quando Salman Rushdie publicou os Versículos Satânicos...
Primitivo o nosso mundo que chamamos moderno...
Anonymous said…
Quando as estátuas foram destruídas, houve um movimento mundial de protesto, antes e depois. O próprio Sec. Geral da ONU fez um apelo pessoal! Convém fazer alguma investigação antes de escrever.

"Não me recordo de ter visto estas recriminações quando no tempo do regime Taliban, foram destruídas esculturas Budistas em pedra com mais de 2000 anos!!
Onde estavam nessa altura os presidentes, os ministros dos negócios estrangeiros, etc.??
pisconight said…
Postes contra os fanáticos dos muçulmanos implicam a recepção de comentários-bomba!!
;)
Unknown said…
Caro anónimo,

Tem toda a razão...mea culpa...exprimi-me mal, obrigada pela chamada de atenção!

A destruição das antigas estátuas budistas de Bamiyan causou a indignação da opinião pública internacional e a desaprovação de praticamente todos os países do mundo. Na Índia, onde nasceu o budismo, a acção dos Taliban provocou o protesto de hindus e budistas que ameaçaram entrar num choque civil contra os muçulmanos.

A Unesco, afirmou que a destruição era um crime contra o património histórico mundial. Imediatamente após as notícias do plano dos Taliban, a Unesco pediu a interferência dos países muçulmanos que mantêm contacto político com o grupo extremista islâmico afegão.

Diversos países ofereceram-se para ficar com as estátuas. O Metropolitan Museum of Art, de Nova York, chegou a oferecer-se para comprar as estátuas que, segundo o seu director, Philippe de Montebello, seriam tratados apenas como “objectos culturais, obras de arte e não imagens de culto”.

Ao receber as notícias dos actos dos Taliban o chefe da missão especial da ONU ao Afeganistão, Francesc Vendrell, foi enfático: “Espero que não seja verdade porque, se for verdade, a reacção internacional será extremamente negativa.”

Tem toda a razão, houve indignação de muita gente!

Agora diga-me, se souber,qual foi a reacção internacional extremamente negativa que foi tomada de forma a evitar a destruição...

É porque eu de facto, e apesar de ter feito a tal investigação antes de escrever o post em questão, não a consegui encontrar...
Tendo estes fanáticos do Alcorão, feito este "massacre", que direito à indignação têm eles perante uns cartoons?
Que direito, tem a comunidade internacional, nomeadamente Freitas do Amaral, de criticar uns desenhos e ao mesmo tempo não recriminar os actos de terrorismo que eles estão a praticar tendo como "desculpa" uns cartoons que foram feitos em Setembro de 2005?
Mac Adame said…
Está-me a querer parecer que o lóbi muçulmano está cada vez mais forte, a avaliar pela forma como tanta gente os defende. Ou então, será por medo, provando-se assim que, afinal, a violência vale a pena.
Anonymous said…
"...Tem toda a razão, houve indignação de muita gente!

Agora diga-me, se souber,qual foi a reacção internacional extremamente negativa que foi tomada de forma a evitar a destruição"

E que se podia fazer? Mandar para lá NATO ou os EUA bombardear o Afeganistão? Era motivo suficiente para invadi-los e retirá-los do poder? Recordo que ainda hoje a presença militar ocidental no Afeganistão, motivada pelo apoio dos líderes de então ao terroristas ( isto sim justificação suficiente, julgo eu...) é contestada! Quem é que queria morrer ou ver os seus morrer por uma estatuas de pedra perdidas num sítio que ninguém sabe onde fica?

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