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Despenalização do Aborto


Embora pelo simples facto do ministro da saúde, estar a apelar ao SIM, no que diz respeito à despenalização do aborto, me dar logo vontade de dizer não, a verdade é que não o farei.

E não o farei porque a actual lei do aborto é uma das maiores hipocrisias deste país!
Um país onde os ricos vão passear até Espanha para o fazer, e os pobres submetem-se a meios duvidosos em vão de escada…
Porque é que uma mulher que tome a opção de abortar em Portugal deve ir presa, e, uma que vai a Espanha fazê-lo, não?
Só porque tem dinheiro e pode ir a locais onde o aborto não é considerado crime?

E porque razão não prendem também o "pai"? Afinal, que eu saiba, nenhum filho é feito sozinho!

Será assim tão difícil aceitar que a despenalização do aborto, não vai aumentar o número de abortos, mas apenas fazer com que todas as mulheres, que tomem essa opção, o possam fazer em locais apropriados e com as condições necessárias?

Será que entre os apoiantes do não, não há nenhum a quem o método contraceptivo não tenha funcionado bem?

Será que nunca lhes aconteceu romper um preservativo?
Será que nunca lhes aconteceu a pílula, por alguma anomalia não ter funcionado?

Meus amigos, quem anda à chuva, mesmo com chapéu, por vezes molha-se!

E, manter uma lei, que apenas serve para favorecer os mais ricos, que não precisam de cometer crimes, pois podem ir a locais onde determinados actos são legais, só estamos a obrigar os pobres a ter filhos ou a penalizar mulheres que não têm alternativas…

Comments

Miguel said…
Tens toda a razão ...!

Bjks da Matilde
de Matos said…
Eu tou com o sim tambem, porque vejamos o exemplo das mulheres violadas... as mal-formaçoes no bebe que podem por em risco a sua vida e da mae... muitas outras coisas.

bj
Francis said…
eu tambem boto sim.
Tia Cremilde said…
olha alguém que pensa como eu!! Eu voto sim!!
BiChOs Do MaTo said…
Isto é tudo de um cinismo doido, tal como tu dizes gostava de saber se por acaso nenhum desse senhores terá acompanhado a esposa até algures para realizar essa prática. Lá está faz o que eu digo, não faças o que eu faço.
Dá pena tanto pragmatismo à volta deste assunto, deviam era preocupar-se com as inúmeras mulheres que morrem nesses vãos de escadas por nenhum cuidado ter.
Mando a minha homenagem a todas as mulheres que dão a cara por isso..........
Já venho comentar. Só te quero dizer que o PISS MAN, tem uma surpresa para ti com DEDICATÓRIA
bjs
Cruzeiro,não podia estar mais de acordo contigo neste assunto e quero acrescentar algo que faz as minhas entranhas darem voltas.
Mete-me nojo o facto de saber que certas Tias vão a Espanha fazer um Aborto e que mais tarde andam por cá fazendo campanha contra o Aborto. Isto é nojento.
Gostei especialmente de algo que mencionaste no texto e que me fez pensar que realmente ....

"E porque razão não prendem também o "pai"?

Aquelas mulheres que foram presas, seria mais do que justo darem o nome dos homens que as engravidaram à policia para estes também irem dentro.
Seria um escândalo, porque não está previsto na constituição.
Enfim, será que vamos conseguir? Não sei! Há muitos interesses por detrás.E as mulheres? Dispensáveis?
bjs
Anonymous said…
Eu, independentemente da minha opinião, gostaria que me esclarecessem uma coisa: já houve um referendo sobre este tema e foi votado não. Agora vai haver outro. Qual é a lógica, ir fazendo referendos até ganhar o sim? E depois disso, fica definitivamente encerrado? Não percebo...
susana said…
Eu acho que nem devia haver referendo, era legalizar e prontos!Só serve para o EStado gastar dinheiro, por uma coisa que está à vista e já há muito devia ter sido legalizada!
Anonymous said…
Contra a hipocrisia, eu voto sim!
Joana said…
Totalmente de acordo!

Apesar de me causar uma certa estranheza ver o Governo a fazer propaganda (independentemente de ser pelo sim ou pelo não), espero que desta vez as coisas corram melhor.

Mas, como já escrevi anteriormente, quanto a mim direitos fundamentais não se referendam, legislam-se na Assembleia da República! É preciso é tê-los no sítio...
Carlos C said…
A minha posição pessoal sobre uma decisão concreta de abortar é "nim", e prende-se com a determinação do momento em que o "ser" que foi gerado ganha o direito a ser considerado uma "criança" em formação.
Esta posição pessoal só a manifesto em relação a uma situação em que eu estivesse envolvido como co-responsavel na geração não desejada de uma criança.
Admito a destruição de um ovócito com um nucleo de células em multiplicação mas sem constituirem grupos celurares diferenciados que identifiquem um "ser humano" (cerebro, cabeça, coração, tronco, membros).
E é a partir dessa identificação e desse momento que passo em consciência a decidir não a um aborto, mas que com a minha limitada sabedoria não sei com rigor determinar esse momento, e penso que os muito sábios também têm duvidas nesta matéria.

E coloco fora desta esfera de discussão os casos de violação, perigo de vida para a mãe, má formação do feto e doenças graves e degenerativas detectadas no feto. Nestes casos só se a mãe quiser levar avante a gestação é que não deve ser feito um aborto.

Em relação à nossa vivência em sociedade e é sobre isso que se faz o referendo, considero que ninguém tem o direito de impôr aos outros a sua forma de pensar, todos somos livres e em caso de referendo a minha posição será SIM, porque entendo ser melhor ter uma lei que crie condições para a prática do aborto que "esconder a cabeça na areia" e continuar a fingir que está tudo bem.

E com o SIM todos são livres e podem decidir por fazer ou não um aborto, ao passo que com o NÃO obriga aqueles que queiram recorrer ao aborto a fazê-lo com os riscos conhecidos e com o rótulo de criminosos, o que está errado

Mas antes de haver um referendo, tem de haver esclarecimento sério e amplo sobre o assunto, tem de haver a despartidização do assunto, a igreja não deve de condicionar os crentes às suas posições, tem que haver a mobilização da população para votar, para dar sentido ao referendo, se a taxa de absentismo for mais de 50% o referendo perde o significado vinculativo.

E em paralelo ao referendo, terá de haver politas sociais e económicas que evitem a decisão de abortar por motivos de pobreza ou sociais.
Anonymous said…
Subscrevo.
O que acho que tem sido um erro é o facto de se colocar a questão como "ser a favor ou contra o aborto".
É óbvio que ninguém é a favor do aborto (enquanto acto leviano), o que está em causa é apenas e tão só a não penalização criminal das mulheres que se vêem forçadas a fazê-lo.

Quanto ao sócrates (proposiotadamente com letra pequena) acho que lhe fica muito bem fazer campanha pelo aborto.
Nada como um GRANDE ABORTO para defender os outros...
No entanto, estranhamente, concordo com a teoria oposta, aquela que diz que ele não deveria ser a favor porque está a contrariar a siua própria existência...

Enfim, eu no caso dele soucompletamente a favor da eutanásia. Urgente.
Anonymous said…
Pensamos da mesma maneira.
Só que o PM ou todo o governo não são apenas hipócritas com este assunto e sim, com todos !
Muito bom post :)

Bj*
Rivera said…
Eu também sou a favor da despenalização do aborto e felizmente desta vez vou poder votar!
Na minha opinião a mulher tem todo o direito a ter o aborto como opção e poder fazê-lo com especialistas e em locais seguros.
Unknown said…
Alien,
A hipocrisia reina neste País...
Perante uma lei que apenas prevê prender uma mulher que aborta, quando deixa de lado o homem que muitas das vezes é o principal impulsionador desse aborto, mostra bem o critério desta lei...

Rafeiro_perfumado,
Se bem me recordo, o anterior referendo não foi vinculativo devido à enorme taxa de abstenção, daí a existencia de um novo.

Carlos C,
A prova de que a informação não é a correcta é que ainda há quem ache que o que se vai referendar é o ser ou não a favor do aborto...

Vizinho,
É isso mesmo, as pessoas tendem a confundir a despenalização do aborto, com o ser a favor ou não, o que como é obvio, é uma anormalidade, já que ninguém no seu perfeito juizo é a favor do aborto.
Ninguém opta por fazer um aborto de animo leve, mas há situações na vida que assim o "obrigam", e, quando assim é, julgam-se as mulheres como se fossem criminosas?
Uma mulher merece ir para a cadeia porque optou por não deixar seguir em frente uma gravidez?
Anonymous said…
Eu não sou contra a despenalização do aborto. Mas quem é que vai pagar isso nos hospitais públicos? todos nós? Dessa questão é que eu ainda não vi ninguém a falar.
Anonymous said…
Cruzeiro, sou assumidamente contra a despenalização do aborto, porque para mim, a vida existe desde o momento da concepção.
Apenas acho que o aborto deve ser permitido em casos muito restritos, tais como:
-Violação;
-Malformação do feto grave e irreversível;
-Perigo para a saúde da mãe.
Tirando isso, deve haver responsabilização das pessoas pelos seus actos e um passo nesse sentido seria uma boa educação sexual dos adolescentes e adultos, porque há muitos adultos que não sabem o que é o planeamento familiar.
Meia Lua said…
Concordo contigo, este país é mesmo cheio de hipocrisia, quem garante que aqueles que mandam prender alguém por abortar nunca tiveram uma mulher ou uma filha que tivesse ido a Espanha para o fazer?
Enfim... há tanto que mudar... beijinho para ti :*

P.S. Obrigada :)
Sapito said…
Eu concordo plenamente com o Sim... é como dizes, quem anda à chuva molha-se, mesmo que ande com chapéu!! ;)
pisconight said…
Subscrevo completamente o vizinho!!
;)
Tia Concha said…
Cruzeiro, acho que foi telepatia...

Hoje cheguei ao meu blog e também descasquei nesta tourada que é a despenalização do aborto!

Cambada de hipócritas!

Concordo plenamente contigo.
Tia Concha said…
Fdx

que eu saiba é preciso um homem para conceber um feto!

E porque é que somos nós as más da fita, quando muitas vezes somos pressionadas a fazê-lo!

Não me venham com histórias da imaculada concepção!
Unknown said…
Já votei sim no primeiro referendo e vou votar sim no 2º (se ele existir)
Não quero aprofundar mais a minha opinião.

Beijocass****
Cucagaio said…
Acima de tudo, o aborto não é uma questão de lei. É sim uma questão de consciência. No referendo vou votar SIM, porque julgo que as pessoas tem o direito de optar, de poder fazer as suas escolhas. Mas se um dia estiver na situação de ter de optar, de ter de escolher, ou mais concretamente apoiar a tomada de uma decisão, a escolha já está feita, e é não. Quem anda à chuva molha-se, e eu não tenho medo de molhar-me.

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