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Correctivos corporais são aceitáveis!

"Uma responsável de um lar de crianças com deficiências mentais, acusada de maus-tratos a menores, foi absolvida pelo Supremo Tribunal de Justiça, que considerou "lícito" e "aceitável" o comportamento da mulher!"

O supremo tribunal de justiça, considerou como sendo um comportamento normal, o facto da arguida, ter amarrado de pés e mãos uma criança, de ter dado palmadas e estalos a várias, e de as fechar vulgarmente na despensa!

O mesmo supremo tribunal de justiça, considerou absolutamente normal, o facto da arguida ter fechado na despensa, uma criança de sete anos que sofre de psicose infantil muito grave!

Que "supremo tribunal de justiça" é este que considera o comportamento desta senhora como absolutamente normal? Como "um aplicar de correctivos pedagógicos válidos à boa educação das crianças"?!

Desde quando, fechar crianças deficientes em despensas é um acto pedagógico?

Para mim é uma agressão inqualificável por parte de quem a pratica, mas ainda se torna mais revoltante quando é defendida, por um tribunal!

São estes "supremos tribunais de justiça" que nos levam cada vez mais a pensar que em certos casos, é preferível fazer-se justiça pelas próprias mãos!

Comments

Sabes Cruzeiro, estive a ver na SIC noticias uma senhora a comentar o facto e era bastante sensata. O problema é que as decisões são tomadas por juizes que as tomam como indivíduos em vez de consultarem especialistas. Uma coisa é parva, para mim, não é preciso consultar um especialista para ver que o comportamento da senhora não foi correcto e de que ela merecia passar uns anos na prisão e ser colocada em solitária para ver se é agradável estar num canto selado.
Cheguei a uma conclusão, para se ser juiz neste país é mais importante os golpes que se dão até lá chegar do que ser um bom mediador. Não entendo este caso. Mesmo. Mas há tanta coisa que não entendo neste planeta....
Fica bem
heidy said…
Regresseiiiiii! iupié! :)

menina:
Também vi essa noticia, e fiquei fula da vida! Acho incrivel que as coisas continuem na mesma. Assisti a casos destes há cerca de 20 anos atrás. Pensei que tivessem evoluido, mas não! Existe a mesma hipocrisia... e o pior é que as atitudes são tomadas pelas partes de quem supostamente deveria existir um minimo de educação; de espirito para alterar as coisas de forma positiva. Fique em tal estado de choque, que nem sei o que hei-de pensar. São crianças que têm problemas graves. Muitas vezes nem percebem o porquê de estarem ali. Que raio de ser humano toma este tipo de atitudes perante seres indefesos?

beijokas
Unknown said…
Eu não tenho opinião sobre a atitude dos juízes porque não li todo o acordão. Nem eu nem esta gente toda que anda a comentar duas ou três frases do acordão sem o conhecer.
De nenhuma forma tenho boa opinião sobre os juízes portugueses e, essa má opinião, estende-se a todos aqueles que comentam documentos de várias páginas baseando-se em duas ou três frases e ignorando o resto.
Unknown said…
Alien,
É como dizes há tanta coisa que não se entende...Infelizmente não é só a justiça que vai mal em Portugal.

Miuda,
Se fosse com crianças ditas "normais" já era grave, com crinaças com deficiencias a gravidade da situação ainda é maior, pois não sei até que ponto é que estas crianças terão ou não a noção do que fazem e se é bem ou mal feito...
Beijoca

Caro Raio,
Eu também não li todo o acordão, no entanto, após analise das diversas informações a que tive acesso, a minha opinião é esta...
É um facto que o tribunal levou em conta, que a arguida não tinha cadastro, andava a trabalhar demais, que é complicado lidar com crianças, etc, mas não me parece que, alguém que ficou provado, que maltratava as crianças, que ainda por cima são deficientes, o que as torna à partida mais frágeis que qualquer outra criança, deva sair impune, e que o tribunal ainda louve as actitudes da senhora e as ache muito normais e pedagogicas!
O meu conceito de normalidade na educação de uma criança não é dar-lhes chapadas e tranca-las em despensas às escuras...
Se as crianças se portavam mal de certeza que haveriam outras medidas...

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